E o amor?

Apocalipse 2:1-7
Quando o Imperador Domiciano assumiu o governo do Império Romano, autoproclamou-se deus e senhor, exigindo a adoração de todos os súditos. Aqueles que recusavam tal reverência eram severamente punidos.
Nessa época, o apóstolo João encontrava-se em Éfeso, sendo o único apóstolo ainda vivo. Tanto ele quanto os cristãos recusaram-se a dobrar-se diante do imperador e a reconhecê-lo como divindade, o que lhes atraiu a ira das autoridades romanas. Consequentemente, o apóstolo João foi punido, sendo condenado ao exílio na ilha de Patmos, local destinado aos prisioneiros políticos. Ele mesmo dá testemunho desse facto, dizendo: Eu, João, que também sou vosso irmão, e companheiro na aflição, e no reino, e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo (Apocalipse 1:9)
Em Patmos, os prisioneiros eram obrigados a trabalhar nas minas, vestidos com trapos e submetidos a condições de vida deploráveis. Apesar da sua idade avançada, João foi levado para essa ilha. Lá, recebeu de Deus a incumbência de registrar revelações divinas e enviá-las às sete igrejas da Ásia Menor. Em suas palavras:
Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia. (Apocalipse 10-11)
As revelações tratam dos acontecimentos passados presentes e futuros no desenvolvimento da história que Deus está desenrolando. Antes de abordar tais eventos, Jesus ordenou a João que escrevesse mensagens específicas para cada uma das sete igrejas. Assim, foram redigidas sete cartas dirigidas às igrejas situadas na região da Ásia Menor.
É ao conteúdo dessas cartas que pretendo dedicar a minha análise. Antes de mais nada, importa referir que todas as cartas seguem uma estrutura semelhante, conforme descrito abaixo:
Estrutura das cartas
- O destinatário (Para quem a carta foi escrita?)
- Apresentação do remetente (Quem é o autor da carta?)
- Elogio/virtudes (Quais são as virtudes da igreja?)
- Crítica/Pecado (Qual é o pecado da igreja?)
- A solução (O que a igreja deve fazer para solucionar o pecado?)
- A ameaça/alerta (O que acontecerá caso a igreja não solucione o problema?)
- A promessa (O que receberá o vencedor?)
Vamos, então, a partir dessa estrutura, estudar a carta à igreja de Éfeso e, através dela, compreender a vontade de Deus para nós. Faremos isso considerando que, embora tenha sido escrita há muito tempo para uma igreja específica, em um lugar específico, seus ensinamentos transcendem os tempos e nos alcançam hoje de maneira tão profunda como se a carta tivesse sido escrita para nós.
- O destinatário (Para quem a carta foi escrita?)
Versículo 1a
“Ao anjo da igreja em Éfeso escreve:
O versículo afirma que a carta foi escrita ao anjo da igreja de Éfeso. A palavra “anjo” no texto não se refere aos seres sobrenaturais, aos espíritos ministradores enviados para servir aqueles que hão de herdar a salvação, mas sim à pessoa responsável pelo cuidado da congregação e pelo ensino, ou seja, ao pastor. A razão da expressão “anjo” na passagem deve-se ao facto de ser uma das traduções da palavra “άγγελος”, encontrada no texto original do Novo Testamento em grego, que pode significar anjo, mensageiro divino (Mt 1:20; Lc 1:11) ou mensageiro (humano). É nesse significado que a palavra é colocada em Mateus 11:10. Nessa passagem, a palavra άγγελος refere-se ao mensageiro humano, que é João Batista. Acredito que este é o sentido da passagem de apocalipse 2:1. Portanto, a carta foi direcionada ao mensageiro, ao pastor da igreja de Éfeso e, por implicação, à toda igreja de Éfeso, pois eles deveriam ouvir a leitura das mesmas.
- Apresentação do remetente (Quem é autor da carta?)
Versículo 1b
“Esta coisa diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro”
O autor da carta é o próprio Jesus Cristo, que ordenou ao apóstolo João que a escrevesse. Jesus apresenta-se como aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e anda no meio dos sete candeeiros de ouro. O que isso significa?
Ao voltarmos a Apocalipse 1:20, obtemos a resposta. Está escrito:
“Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de outo, as sete estrelas são os anjos das igrejas e os sete candeeiros são as sete igrejas”
Deste modo, entendemos primeiramente que Jesus se apresenta a esta igreja como aquele que conserva em sua mão direita os mensageiros, os pastores das sete igrejas. Estar na mão direita de Jesus, além de demonstrar um lugar de honra, denota pertença, proteção e instrumentalidade. Os líderes das sete igrejas pertenciam a Jesus e estavam em um lugar de honra e proteção, sob a responsabilidade de serem instrumentos de Deus no cuidado do rebanho. Os pastores estão sob o controle de Deus e são responsáveis perante Ele por tudo o que fazem com o rebanho.
Entretanto, isso não significa que os pastores são superiores aos demais crentes, pois em João 10:28, Jesus afirma que suas ovelhas (todos os crentes, independentemente da sua função no corpo de Cristo) estão em suas mãos e ninguém pode arrebatá-las.
Pense, por um instante, sobre a honra e a responsabilidade que revestem o ministério de mensageiro das verdades do reino. É uma honra ser instrumento do Criador dos céus e da terra na realização da maior de suas obras: ressuscitar espiritualmente pessoas mortas e moldar seu caráter à imagem de Seu Filho, Jesus Cristo. Simultaneamente, é uma grande responsabilidade, pois a quem muito é confiado, muito será exigido.
Secundariamente, aprendemos que Jesus anda no meio das igrejas. Isto é verdadeiro. Jesus, sendo onipresente, com todo o seu ser, caminhava entre cada uma das sete igrejas. Pelo contexto, percebemos que Ele fazia isso para inspecionar as igrejas, avaliando suas virtudes, desafios e fraquezas.
Por vezes, muitos cristãos acreditam que Jesus está apenas no céu, à direita do Pai, e, portanto, alheio à criação e ao estado de sua igreja militante; no entanto, isso não é verdade. Jesus é onipresente. Ele está em toda parte com todo o seu ser. Ele se envolve no tempo e no espaço, observando a condição de sua igreja e agindo activamente para que ela cumpra o seu propósito. De facto, as cartas às sete igrejas da Ásia Menor ilustram isso. Nessas cartas, vemos o Senhor da igreja agindo por meio de encorajamento, denúncia de pecado, exortações, advertências e promessas, com o objectivo de conduzir sua igreja ao cumprimento de seu propósito.
Ele podia falar com propriedade a respeito delas porque as conhecia profundamente. Esse conhecimento é também atribuído ao facto de Ele estar no meio das igrejas. Ele conhece as obras das igrejas, conforme lemos no início do versículo 2.
Na verdade, essa é uma expressão encontrada em todas as sete cartas. Derivada do grego “Oida“, refere-se a um conhecimento pleno e completo. Essa palavra contrasta com a expressão grega “ginosko“, que se refere a uma aquisição progressiva de conhecimento. Portanto, o Senhor conhece plenamente a condição de cada igreja.
Jesus anda no meio de cada igreja local, e isso é ao mesmo tempo confortador e confrontador. Confortador, porque nos faz entender que todo o nosso esforço para servir a Deus, adorá-Lo, servi-Lo e cultuá-Lo, mesmo que desconsiderado ou não percebido pelos irmãos, é visto pelo Senhor da igreja. No entanto, é também confrontador, porque, mesmo que tentemos passar por cristãos sem realmente o sermos, o Senhor da igreja conhece a verdade.
- Elogio/virtudes (Quais são as qualidades da igreja?)
Versículos 2,3 e 6
- Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e o não são e os achaste mentirosos;
- e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome e não te deixaste esmorecer.
- Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.
Quão dinâmica era a igreja de Éfeso! Ela não era composta apenas por pessoas que desejavam ser reconhecidas como cristãs, mas que não se dedicavam ao serviço e ao sofrimento por Jesus. Era uma igreja que se entregava plenamente ao serviço cristão. As qualidades dos efésios são diversas. Após Jesus afirmar que conhece as suas obras, um termo geral que se refere ao conjunto total das virtudes, Jesus, o dono da igreja, elenca quatro virtudes específicas:
Primeiro: Labor.
A igreja de Éfeso era laboriosa. O termo “labor” ou “trabalho”, do original “kopas”, significa um serviço realizado a ponto de causar exaustão e suor. Isso indica que os crentes em Éfeso serviam a Cristo até a exaustão. Um suor santo corria de suas testas enquanto ministravam.[1] Eles trabalhavam para o Senhor até a exaustão. Essa era a postura dos Efésios. Eles não eram preguiçosos nem desejavam usufruir dos frutos do trabalho dos outros; antes, queriam trabalhar eles mesmos. Nesse aspecto, lembravam o seu Senhor, que veio ao mundo não para ser servido, mas para servir.
Aqui temos o exemplo do que se espera de todos os filhos de Deus. Devemos entregar-nos completamente ao serviço de Jesus, um serviço que, não raramente, nos levará à exaustão. É verdade que, ocasionalmente, pessoas com um entendimento distorcido do serviço abnegado a Cristo consideram esse tipo de dedicação como “fanatismo”. Isso se deve à mentalidade de consumismo impregnada na sociedade, que afecta também a igreja, caracterizada pela postura de ser servido em vez de prestar serviço aos outros. Que Deus nos livre disso e continuamente nos faça compreender que o serviço abnegado é honroso, na medida em que nos torna imitadores e cooperadores de Cristo, que serviu fielmente a Deus, mesmo cansado e suando sangue.
E em que contexto a igreja de Éfeso servia a Deus com labor? Como será visto no próximo ponto, a igreja em Éfeso servia ao seu Senhor em meio a circunstâncias difíceis.
Segundo: Perseverança
Jesus elogiou a igreja também por sua perseverança. Perseverança significa manter-se firme em circunstâncias difíceis, aceitando os momentos adversos com coragem e não permitindo que essas situações sejam motivo para o abandono da fé e do serviço cristão.
Os efésios eram perseverantes. Mesmo em momentos difíceis, eles não deixavam de crer e de servir a Jesus. Precisamos adoptar a mesma postura. Infelizmente, em vários meios evangélicos actuais, perseverança é apenas uma palavra bonita de ser dita e pregada, mas não vivida. Convenhamos, muitos cristãos não sabem lidar com os momentos amargos que os assolam; não poucas vezes, quando as intempéries os atingem, como água sobre a brasa, seu fervor é apagado; sua dedicação à oração, à leitura e ao estudo da palavra, à participação nos cultos, ao evangelismo e ao discipulado, reduz-se significativamente.
Muitos cristãos têm ânimo para servir a Deus quando as coisas estão fáceis. Quando não há problemas na família ou no trabalho por causa do evangelho, parece fácil. Quando os colegas de trabalho e da escola não zombam da nossa fé, parece fácil. Quando temos condições financeiras estáveis e saúde, parece fácil. Quando não somos perseguidos pelo governo por causa da fé, parece fácil. Mas o que aconteceria se isso mudasse? E de facto, um dia pode mudar. Quando isso acontecer, devemos continuar a servir a Deus com perseverança. Quando surgirem problemas na família, no trabalho ou na escola por causa da nossa fé, a solução não deve ser abandonar ou parar de servir a Deus, mas sim perseverar, como foi Jesus, que, em meio a traição, prisão e humilhação, foi obediente ao Pai até a morte, e morte de cruz.
Observe como os crentes de Éfeso perseveraram e suportaram as provações por um motivo elevado: o nome de Jesus (v. 3). Há aqueles que podem trabalhar arduamente pela causa de Cristo e perseverar em meio às tribulações por razões egoístas, como o desejo de serem reconhecidos pelos homens. No entanto, o texto ensina-nos que a nossa motivação deve ser, acima de tudo, a glória do nome de Jesus.
Terceiro: Zelo moral
A Igreja de Éfeso prezava pela pureza e integridade moral. Não compactuava com aqueles que, apesar de frequentarem a congregação e professarem ser crentes, mantinham condutas pecaminosas. Demonstrando zelo pela disciplina, não toleravam a indisciplina, antes, buscavam corrigi-la com firmeza.
A mesma postura deve ser adotada pela igreja actual. Todos os crentes estão sujeitos ao pecado (1 João 1:8); e, se algum irmão for surpreendido em transgressão, as Escrituras ensinam que deve ser restaurado com mansidão. Contudo, nos casos em que indivíduos persistem deliberadamente na prática do pecado, sem demonstrar sinais de arrependimento, a igreja não deve tolerar tal comportamento, mas sim seguir as orientações bíblicas para a aplicação da disciplina eclesiástica, conforme Mateus 18 ou 1 Coríntios 5.
Os crentes de Éfeso partilhavam do mesmo sentimento de repulsa que o seu Senhor. O versículo 6 afirma: “Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.” Os Nicolaítas constituíam um grupo religioso que defendia que, por sermos salvos pela graça, poderíamos viver em pecado sem consequências. Eles entregavam-se à imoralidade sexual e a diversos outros tipos de condutas imorais. Assim como os crentes de Éfeso rejeitavam tais práticas, também nós devemos repudiá-las, pois Deus abomina o pecado.
Quarto: Zelo doutrinário
A Igreja de Éfeso demonstrava grande zelo pela pureza no ensinamento que recebia. O problema de falsos mestres era extremamente grave naquela época. Por isso, quando a igreja recebia pregadores, antes de lhes conceder a oportunidade de ensinar, submetiam-nos a uma prova para verificar se o que ensinavam estava de acordo com a verdade.
Esse cuidado evidencia que a Igreja de Éfeso possuía profundo conhecimento das Escrituras, pois, sem tal conhecimento, como poderiam avaliar aqueles que se apresentavam como mensageiros e pregadores? Que as nossas igrejas sigam o mesmo exemplo: que não toleremos ensinamentos falsos, problema que continua a ser de grande relevância nos nossos dias.
- Crítica/Pecado (Qual é o pecado da igreja?)
Versículo 4
Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.
Apesar de todas as virtudes observadas na igreja, havia um ponto pecaminoso que não passou despercebido ao Senhor Jesus, que caminha no meio da igreja. Ele identificou que a igreja havia perdido o seu primeiro amor.
Como pôde uma igreja tão zelosa pela pureza doutrinária e pela integridade moral perder o primeiro amor? Como foi possível que uma igreja que se dedicava plenamente ao serviço de Cristo chegasse a essa condição? O mais surpreendente é que essa igreja continuava a desempenhar todas essas actividades, mesmo tendo perdido o fervor do amor que outrora possuía.
Este facto alerta-nos para uma realidade importante: é possível que uma igreja se empenhe na pureza doutrinária e moral, bem como no serviço zeloso, e ainda assim o faça sem a devida paixão e amor. Além disso, devemos reconhecer que é igualmente possível que, no exercício de suas funções, uma igreja acabe por perder o fervor e a paixão que deveriam motivar suas ações.
Uma ilustração pode ajudar a compreender: conhecem o amor e a paixão que os recém-casados sentem um pelo outro? É algo extraordinário. O romance permeia o ambiente em que estão, e o olhar cúmplice da esposa faz o coração do esposo vibrar, tal como as árvores são agitadas pelo vento. É um cenário maravilhoso; no entanto, em algum ponto da rotina diária, quando o relacionamento se torna mecânico, o romance, sem qualquer aviso, parte silenciosamente. O casamento, então, transforma-se em mera rotina, condenado à monotonia. Quando isso ocorre, o casal pode continuar a cumprir seus deveres conjugais, mas sem a paixão, sem o brilho nos olhos e sem os batimentos acelerados provocados pelo olhar do seu cônjuge. Tudo se torna uma simples execução de responsabilidades, desprovida do fervor que antes caracterizava a relação.
Provavelmente, assim se encontrava a igreja em Éfeso. No seio da congregação, havia zelo pela santidade e pelo estudo da Bíblia; no entanto, essa dedicação não era acompanhada de uma paixão fervorosa. Tal situação pode também refletir-se em nós. Podemos realizar todas as actividades que a igreja de Éfeso praticava, mas sem a devida paixão. É possível participar dos cultos, ler a Bíblia, orar, ofertar e cumprir tantos outros deveres cristãos sem entusiasmo, quase como se fôssemos obrigados a fazê-lo.
Este estado de frieza espiritual é extremamente enganoso, pois raramente nos damos conta dele. A razão para isso reside no fato de que, ao realizarmos uma análise do nosso bem-estar espiritual, tendemos a focar nas nossas acções, em vez de refletirmos sobre os sentimentos e as motivações que nos acompanham ao realizá-las.
- A solução (O que a igreja deve fazer para solucionar o pecado?)
Versículo 5a
Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e volta à prática das primeiras obras;
Os crentes em Éfeso foram confrontados por Jesus e instruídos a adotarem uma postura de mudança. Para que isso acontecesse, deveriam cumprir três passos essenciais: lembrar-se de onde haviam caído, arrepender-se e retomar a prática das primeiras obras. Ao seguirem essas diretrizes, demonstrariam a sinceridade do seu arrependimento. Eles deveriam recordar como amavam a Jesus, o que os ajudaria a compreender a situação em que se encontravam. Com esse entendimento, deveriam mudar a direcção de suas vidas, promovendo uma transformação no coração, na mente e na vontade. Essa mudança os conduziria a retomar as práticas anteriores, realizando as obras com a mesma qualidade de outrora, ou seja, movidos pelas sublimes intenções de um amor fervoroso.
- A ameaça/alerta (O que acontecerá caso a igreja não solucione o problema?)
Versículo 5b
E se não, venho a ti moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.
Para frisar a gravidade da situação Jesus adverte a igreja a tomar as medidas necessárias para recuperar o seu primeiro amor por Ele ou serão castigados.
Se o povo não se arrependesse Jesus viria em juízo e traria fim a igreja.
- A promessa (O que receberão o vencedor?)
Versículo 7
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.
Aos que vencerem a apatia espiritual e retomarem ao primeiro amor, Jesus faz uma grande promessa. O que reconquistar o primeiro amor, comerá da árvore da vida. Quando Adão pecou, foi expulso do Éden. Sob o julgamento de Deus, ficou proibido de comer da árvore da vida. Na verdade, foi um ato de misericórdia da parte de Deus. Se Adão tomasse da árvore da vida, viveria eternamente (Gn 3.22) em pecado. Mas quando o pecado for totalmente removido, readquiriremos tal direito.[2]
A árvore da vida fala de vida eterna. Vida eterna é conhecer a Deus, e Deus é amor. Viver no paraíso e fruir de seus frutos significa comunhão clemente com o Senhor do paraíso.[3]
Que cada um de nós tenha ouvidos para ouvir a voz do Espírito!
[1] Lawsson, Steve. 1996. Alerta Final. 1 ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Pag. 80.
[2] Idem, p. 90
[3] Lopes, Hernandes Dias. 2010. Ouça o que o Espírito diz às igrejas. São Paulo: Hagnos.
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